Tomo esse verso de Adriana Calcanhoto para introduzir (ou entitular) o seguinte:
Jogado para fora de mim. e fora de mim não me vejo, não me reconheço. tudo que me era seguro se fragiliza. como se o que me rodeia fosse feito de vidro. em um equilíbrio tão frágil que o mínimo toque trinca a estrutura, desembocando em uma explosão de poeira brilhante.
"Estou em milhares de cacos, eu estou ao meio..."
ResponderExcluirEssa música, ah, essa música...
Se Calcanhoto teve a sabedoria para compor, ou cantar - que seja, algo tão sútil e que com intensidade representa sentimentos tão caros, podemos lembrar que de cacos todos somos feitos, tal como R. A. escreveu, e que de parte em parte formamos um vitral, não sem sofrimento - ostra feliz não faz pérola, meu querido. É preciso partes quebradas, mutiladas, para fazer o (belo) todo.
Saiba que, ao menos, toda dor é (com)partilhada. Podemos, quem sabe, sangrar juntos.
Muito legal o q vc falou Bea!
ResponderExcluirNem tenho como comple(men)tar.