quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um mágico e sua cartola sem profundidade

Ontem eu estava com vontade de escrever, mas não tinha um tema. então, pedi para um cara da minha sala me propor um tema e eis que ele me mandou a seguinte frase: "Um mágico e sua cartola sem profundidade". eu fiquei pasmo, não esperava uma ideia tão complexa e abstrata assim, mas a culpa é minha, eu que pedi um tema. enfim, eu espremi minha cabeça, mas só me vinham pensamentos soltos e curtos, decidi ir dormir e deixar para escrever hoje. admito que não pensei nada mais mirabolante hoje, mas vou desenvolver uma das ideias que me surgiram ontem. essa frase me lembrou um curta que assisti faz tempo (http://www.grandesfilmes.com.br/2009/09/presto-2008.html) e sempre que penso em uma cartola de mágico penso em mil coisas saindo (ou sumindo) dela: serrote, varinha, aquário e claro, coelhos (quase esqueci deles hahahaha). esquecendo um pouco esse lado lúdico que me acompanha, penso nas pessoas em geral. há pessoas que são cartolas sem profundidade, são aquelas que sempre te surpreendem! quando durante qualquer assunto, mesmo o mais trivial possível, esse alguém faz algum comentário, lembra de algo, surge com um texto, com uma música que são totalmente pertinentes e esse fato é inesperado, às vezes pensamos "de onde veio isso?" e essa é a mesma pergunta que nos fazemos/fazíamos ao ver os mágicos. só aquela pessoa foi capaz de pensar determinada coisa, de fazer certa associação, esse é outro fato que nos assombra; eu acho que todos somos cartolas sem profundidade, tudo depende do assunto. e muitas vezes nem percebemos quando desempenhamos esse papel, mas uma coisa eu tenho certeza, aquela cartola que imaginei é bem mais interessante que as outras.

domingo, 7 de novembro de 2010

Estava pensando...

Eu penso muito. isso desde antes a faculdade e agora diversas vezes mais. o pensamento é algo extremamente intrigante/impressionante: a gente consegue fantasiar, rir (sozinho também), elaborar teorias (ou posts), sonhar e etc etc. para mim o pensamento é tudo que se passa na nossa cabeça, quando falamos ou não, ele não acontece em uma parte específica do cérebro e está ativo a todo momento (afinal, como já disse, sonhamos). uma coisa que acho engraçada e estranha é que realizamos os movimentos voluntários sem nenhuma ordem mental muito elabora, é quase como se não tivesse ordem nenhuma, você levanta o braço porque quer, mas essa intenção aparentemente não passa pela sua mente, é uma ordem implícita à sua consciência e não consigo explicar melhor que isso rsrsrsrs. agora a parte mais complicada desse texto: as diferentes formas que o pensamento se dá na minha mente. eu percebi que às vezes eu "sinto" o pensamento, e não chego a elaborar "em palavras", ou seja, de uma maneira a comunicar o que se passa na minha mente. é engraçado também "sentir" o pensamento, porque às vezes ele me vem como uma brisa, uma imagem que me faz sentido e essas "brisas", essas "imagens", trazem emoções, sentimentos e mensagens mil em uma fração de segundo que a "linguagem" não acompanha. e não precisa acompanhar, porque só eu sei que elas um dia surgiram e que sua mensagem foi transmitida. e a coisa às vezes é tão preciosa que não precisa ser "enlinguajada". em vista disso, noto que quando vou falar o meu "pensamento sentido" sem tê-lo devidamente elaborado, ou seja, deixá-lo "entendível" para alguém que não tem a mesma lógica que eu, sai um discurso confuso. e quão mais pessoal é o assunto mais confuso fica para dizer. mais uma vez vou terminar com uma citação de Rubem Alves:

"As ideias aparecem quando querem e não quando nós queremos. São como pássaros que repentinamente assentam-se no ombro da gente sem que os tívessemos chamado. Isso acontece sempre comigo"