quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

"Onde as cores se misturam com facilidade..." ♪

Ás vezes tenho vontade de me tornar uma canção. deve ser interessante ser uma música, flutuar pelo ar, ir passando e seguindo para diversas direções, como uma onda sempre indo. a música é sentimento, então se tornar uma canção é se tornar sentimento na sua forma mais pura e crua e, consequentemente, mais intensa. como me conheço bem sei que não aguentaria ser a mesma canção eternamente, então acho que o melhor para mim seria me tornar energia musical e aí me tornaria a música que quisesse pelo tempo que quisesse e só aquele sentimento da canção seria minha realidade.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Lembranças


Observando o tempo hoje lembrei das minhas viagens em família. é noite, o céu está nublado, venta um pouco e ao longe vejo alguns prédios. eles são altos e as nuvens atrás deles deixam o céu de cor marrom aparecer, olhando mais atentamente vejo que se trata de uma serra comprida, qual é, eu já não sei. com a música "Balada de Gisberta" (recomendo!!!) na cabeça, admiro essa paisagem que pode ser vista como triste, mas o que me interessa e me prende a ela é o que está longe de mim, não quero saber da cidade, foco nesse horizonte que descrevi. a minha memória foi ativada pela imagem dessas nuvens que se relacionam com a serra. mais especificamente, me lembrei do momento das viagens no qual estávamos no carro retornando para casa (e o vento contribuiu muito para isso). chega a ser engraçado, porque essa paisagem é a mais comum de se formar nessas horas de nossas viagens. e quando eu estou no carro olho tudo isso e não sei explicar, mas sinto certa melancolia, e às vezes gostaria que o momento não acabasse, mas logo percebo que não aguentaria aquela sensação por muito tempo, é meio que uma tristeza por aquele tipo de beleza que ali se apresenta, chega a quase ser ambíguo o que conto aqui, mas sem problemas. eu acho que é a "saudade inexplicável", a "saudade sem saber do que".

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um mágico e sua cartola sem profundidade

Ontem eu estava com vontade de escrever, mas não tinha um tema. então, pedi para um cara da minha sala me propor um tema e eis que ele me mandou a seguinte frase: "Um mágico e sua cartola sem profundidade". eu fiquei pasmo, não esperava uma ideia tão complexa e abstrata assim, mas a culpa é minha, eu que pedi um tema. enfim, eu espremi minha cabeça, mas só me vinham pensamentos soltos e curtos, decidi ir dormir e deixar para escrever hoje. admito que não pensei nada mais mirabolante hoje, mas vou desenvolver uma das ideias que me surgiram ontem. essa frase me lembrou um curta que assisti faz tempo (http://www.grandesfilmes.com.br/2009/09/presto-2008.html) e sempre que penso em uma cartola de mágico penso em mil coisas saindo (ou sumindo) dela: serrote, varinha, aquário e claro, coelhos (quase esqueci deles hahahaha). esquecendo um pouco esse lado lúdico que me acompanha, penso nas pessoas em geral. há pessoas que são cartolas sem profundidade, são aquelas que sempre te surpreendem! quando durante qualquer assunto, mesmo o mais trivial possível, esse alguém faz algum comentário, lembra de algo, surge com um texto, com uma música que são totalmente pertinentes e esse fato é inesperado, às vezes pensamos "de onde veio isso?" e essa é a mesma pergunta que nos fazemos/fazíamos ao ver os mágicos. só aquela pessoa foi capaz de pensar determinada coisa, de fazer certa associação, esse é outro fato que nos assombra; eu acho que todos somos cartolas sem profundidade, tudo depende do assunto. e muitas vezes nem percebemos quando desempenhamos esse papel, mas uma coisa eu tenho certeza, aquela cartola que imaginei é bem mais interessante que as outras.

domingo, 7 de novembro de 2010

Estava pensando...

Eu penso muito. isso desde antes a faculdade e agora diversas vezes mais. o pensamento é algo extremamente intrigante/impressionante: a gente consegue fantasiar, rir (sozinho também), elaborar teorias (ou posts), sonhar e etc etc. para mim o pensamento é tudo que se passa na nossa cabeça, quando falamos ou não, ele não acontece em uma parte específica do cérebro e está ativo a todo momento (afinal, como já disse, sonhamos). uma coisa que acho engraçada e estranha é que realizamos os movimentos voluntários sem nenhuma ordem mental muito elabora, é quase como se não tivesse ordem nenhuma, você levanta o braço porque quer, mas essa intenção aparentemente não passa pela sua mente, é uma ordem implícita à sua consciência e não consigo explicar melhor que isso rsrsrsrs. agora a parte mais complicada desse texto: as diferentes formas que o pensamento se dá na minha mente. eu percebi que às vezes eu "sinto" o pensamento, e não chego a elaborar "em palavras", ou seja, de uma maneira a comunicar o que se passa na minha mente. é engraçado também "sentir" o pensamento, porque às vezes ele me vem como uma brisa, uma imagem que me faz sentido e essas "brisas", essas "imagens", trazem emoções, sentimentos e mensagens mil em uma fração de segundo que a "linguagem" não acompanha. e não precisa acompanhar, porque só eu sei que elas um dia surgiram e que sua mensagem foi transmitida. e a coisa às vezes é tão preciosa que não precisa ser "enlinguajada". em vista disso, noto que quando vou falar o meu "pensamento sentido" sem tê-lo devidamente elaborado, ou seja, deixá-lo "entendível" para alguém que não tem a mesma lógica que eu, sai um discurso confuso. e quão mais pessoal é o assunto mais confuso fica para dizer. mais uma vez vou terminar com uma citação de Rubem Alves:

"As ideias aparecem quando querem e não quando nós queremos. São como pássaros que repentinamente assentam-se no ombro da gente sem que os tívessemos chamado. Isso acontece sempre comigo"

terça-feira, 19 de outubro de 2010

metalinguagem ou análise pseudo-crítica?

Hoje me deu vontade de escrever. o estranho é que das outras vezes em que eu senti isso consegui encontrar um assunto e dissertar sobre ele, mas hoje não. pensei em escrever sobre relacionamentos em geral, mas isso é algo que preciso tratar com uma pessoa em especial e não tem porquê colocar isso aqui (pelo menos antes de conversar com ela, talvez outro dia). pensei em escrever sobre meu mais novo gosto: ler. pensei em falar sobre comida, pois acredito que estou bastante apto a tal tarefa, mas nenhum desses assuntos realmente me incitaram a escrever, não cheguei a escrever nem a primeira palavra do post usando um desses temas. aí me veio a "brilhante" ideia de fazer uma metalinguagem do blog ou uma análise pseudo-crítica, aí eu me pergunto: "se é uma análise pseudo-crítica é uma metalinguagem?" bom, deixo a resposta disso para aquelas pessoas que realmente entendem a língua portuguesa e que são verdadeiramente inteligentes. seguindo agora para o que me propus a fazer... acho que o coerente seria fazer um breve histórico: eu criei esse blog em um momento que comecei a me interessar por diversos blogs por aí (Capinaremos, Não intendo, Tolices do Orkut, etc etc), mas o desfiz pouco tempo depois, porque não tinha o que escrever, nem seguir o mesmo caminho desses blogs que citei, pois não tenho capacidade de fazer um trabalho tão bom quanto aqueles blogueiros. aí um dia uma amiga minha me cobrou o blog e me disse que seria legal essa experiência. um tempo depois reativei o "Eu ri" escrevi o primeiro post que era meio pretensioso e desconfiado. o segundo post foi quase uma crônica poética. depois disso segui para um caminho meio produtivo e ao mesmo tempo perigoso, comecei a pegar coisas que me inquietam e a falar sobre elas. por que produtivo? porque geraram post até interessantes, só que meio rasos. por que perigoso? porque são assuntos inquietadores que se relacionam com coisas muito pessoais e acabo por me expor um pouco (como no post passado). qual a vantagem disso tudo? qual o objetivo disso tudo? será que um dia serei escritor? (não que essa seja minha pretensão, mas admito que seria interessante... lembrei de um pensamento do Rubem Alves e vou colocá-lo no fim do post) chego à conclusão de que se não escrever sobre esses assuntos não vou fazer um post de qualidade. por exemplo, o post que eu falei sobre vaidade não é tão bem escrito, não é tão interessante quanto os outros que escrevi... aí o pior de isso tudo é sentir vergonha desses outros posts. há um conflito tão grande na "minha programação" nessas horas e eu sei que o problema está em mim, em como vejo toda essa situação. 
só espero que esse texto todo não tenha ficado confuso ou infantil, ou ainda, imbecil hehe


"Saudade inexplicável", Rubem Alves
"Velhice é saudade. Isso explica que haja jovens e mesmo crianças que, tendo vivido só um punhadinho de anos, já são velhos. É que a saudade pode florescer já nas manhãs... Percebi, então, que a velhice não era coisa nova. Ela tinha morado sempre comigo. Eu tinha saudade sempre, mesmo sem saber do quê. Saudade sem saber do que pode parecer contrassenso, pois a saudade é sempre saudade de alguma coisa: de um rosto, de um lugar, de um tempo passado. Você nunca sentiu isso? Uma saudade inexplicável de algo que não sabe o que é? A saudade aparece, então, como tristeza no seu  estado puro, sem objeto. Quando você sentir isso, não se aflija. É que seus olhos estão andando pelos bosques misteriosos onde nasce a poesia. São os bosques da saudade. Todos os poetas já nascem velhos."
 

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Tudo certo como 2 e 2 são 5

São 0h50 e estou sem sono, não é bem sem sono, mas com preguiça de ir dormir (sim! preguiça de ir dormir!). muitas coisas estão acontecendo na facul, não me incitam muito, mas me afetam. nossa situação pode ser caracterizada como fudida, mas sei lá, não sei por quê da minha falta de implicação com isso e também não sei por quê ainda continuo indo à assembleias e discussões sobre o que está acontecendo, me mantenho quieto o tempo inteiro e no final colaboro com o que está acontecendo e tenho que ouvir a mesma coisa umas três vezes. eu sei que como está não pode ficar, mas esses são sentimentos que eu não encontro origem. me veio na cabeça nesse momento que minha atitude é de quem vai lá, bate cartão (ou seja, mostrar presença) e vai embora quando tudo acaba. queria poder conseguir fazer minha escolha (seja ela qual fosse) e seguir com ela até o fim, eu acredito que consigo isso em coletivo, mas individualmente não. talvez meu problema com a faculdade ultrapasse a questão estrutural, de permanência e etc. meu problema com a faculdade é o curso que eu escolhi, pensei tanto no curso psicologia, quanto no meu curso de vida mesmo nesses três anos. hoje me perguntaram se eu indicaria para uma pessoa para fazer psicologia e minha resposta foi aquela típica de um "psi" 'depende'. eu acho que uma pessoa que segue para esse curso com ideias muito quadradas e esteriotipadas de atuação não vai se dar bem, pelo menos nessa faculdade que estou, acredito que essas pessoas têm que estar preparadas para uma desconstrução quase feroz do seu pensamento e saber ignorar isso caso não faça sentido com suas metas. eu não entrei com essa mentalidade, meu caso foi pior, eu não sabia o que queria, não sabia nada concreto sobre o curso, mais ainda, sobre a profissão e desde o primeiro ano eu sigo um caminho que alguém faz, ou  seja, esgueiro um caminho, porque este não é meu. parece que quero associações prontas [Foulcault e Deleuze, Freud x Skinner e todas essas dicotomias (ou não)] e o mais potente é criar o próprio caminho porque o caminho de alguém não diz respeito a você no sentido de não ter uma relevância com seus anseios, vontades e assim por diante. o problema que se apresenta é que os dias passam e eu não encontro um ponto de identificação, aquela matéria que te incita a ler mais sobre o assunto, questionar o professor e trazer perguntas que não sejam local comum, mostrando uma facilidade com o tema, uma capacidade de ir além. creio que vou finalizar o curso e talvez fazer outra coisa um dia se sentir necessidade, uma coisa tenho quase certeza: ser docente é o meu futuro (pelo menos é o que vejo de comum nos diferentes caminhos que vigio os outros seguindo - o que eu quis dizer é que independente de qualquer caminho que vislumbro - ex.: psicanálise, psico das intituições, psico social, fenomenologia etc etc -  em algum ponto me vejo dando aula), o que me preocupa é o fato de que antes eu sofria menos, remoía menos o sofrimento, não peço nem pena nem desprezo, pois acho que esta é uma vivência a qual estamos suscetíveis; a psicologia abre sua cabeça para uma forma de pensamento da qual não há retorno, tem que se aprender a administrá-la. agora são 1h21 e estou terminando de escrever e ainda tenho preguiça de ir dormir, não sei se não quero que o amanhã chegue ou se quero manter esse momento por mais tempo, enfim "perguntas sem respostas".

às vezes tenho saudade dos problemas de matemática... 

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Vanity...

Faz um tempo que eu queria falar sobre vaidade (não sei se estou com material para isso ainda, mas vamos lá!). a primeira coisa é que eu tenho vergonha da vaidade, não sei se é um conceito introjetado ou se é uma culpa cristã, só sei que sinto muita vergonha quando me percebo tendo aquelas pequenas atitudes vaidosas que chegam a ser ridículas de tão minúsculas e insignificantes, porque são detalhes que só o ser que os fazem os percebe e acha que está muito legal/sexy/ousado (ex: jogar uma água no cabelo e deixar uns fiozinhos caindo na frente do olho, dar uma balançada na cabeça na frente do espelho para o cabelo ficar pseudobagunçado e o pior de tudo é aquele olhar sexy que nunca é usado por aí ,porque lá no fundo se sabe que ele não funciona, isso quando o olhar sexy não é seguido de um comentário do tipo "você está muito bem!" "que beleza!" "é hoje!" hahahaha, esse último caso é o ápice da falta de confiança em si mesmo). todo mundo faz esse tipo de coisa em algum momento, mas não raciocina o que está fazendo, afinal, a pessoa se prepara para sair por aí e todo cuidado que ela se proporciona é essencial. o que me inquieta é sair na rua e ver como essas atitudes são vazias em si, não levam a nada e mesmo assim todo mundo faz, não me excluo disso, obviamente, mas me intriga as pessoas que potencializam muito esses pequenos atos, sustentam uma imagem o tempo inteiro, como elas vão fazer no futuro? só é possível levar essa imagem até certo momento, um dia não será possível ver o "olhar de desejo" em tantos olhares vindos dos "outros". é fácil falar isso, o difícil é se desvencilhar totalmente da vaidade e aceitar o que "há de vir", ainda bem que a velhice vem com o tempo e não de uma hora para outra.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

e nasce uma constelação...

Hoje às 6h15 da manhã nasceu uma constelação, inaugurada por uma estrela chamada Princesa. a melhor cadela que já existiu (sim, melhor que a sem graça da Lesie) foi embora, pro céu dos cachorros. a Princesa era muito valente, desde filhote: certa vez, ela "bateu boca" com uma cadela da raça fila [acho] (a Pri correu pra dentro da casa do vizinho e ficou latindo lá de dentro rs). a Princesa era companheira apesar de muito reservada também, ela sempre deixava claro quando queria ficar sozinha... eu sei que com a gente ela foi aquilo que tinha que ser, eu acho que ela não teria gostado de ser mãe e o fato de ela ser "cabeça dura" demandava paciência, coisa que com certeza tivemos. uma coisa eu digo: não é qualquer fox com pinscher que para ser imobilizado são necessárias 2 pessoas. ela "combateu o bom combate" e agora descansa.

vamos uivar bastante essa noite para que ela nos ouça!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Coração

"Há dias que dá vontade
De pegar o coração,
Lavá-lo, esfregá-lo
Pendurá-lo no fundo do quintal
Que tem muro com a rua
E todo mundo que passa vê.
Todo mundo que vê pára,
Repara.

Há dias que dá vontade
De esquecê-lo no varal
Sob um sol de verão.
E quando estiver doído,
Gasto, puido,
Sem condições de uso;
Vendê-lo ou trocá-lo
Na feira de domingo,
Por uma coisa qualquer:
Um sapato usado,
Um grito guardado,
Uma alma cansada,
Ou um sorriso.

Um sorriso!
Mesmo que seja
Um sorriso barato."

Thales Pereira, "Divino Verbo Amar".
Tio, Psiquiatra, Psicoterapeuta, Poeta, Pintor e otras cositas más

=o)

sábado, 14 de agosto de 2010

até o fim

palavras... há quem diga que não é possível nos expressarmos completamente, que sempre falta algo; que nos escapa o cerne da questão e o que realmente somos. e pra ajudar mais ainda vêm aqueles que hasteiam a bandeira da "completa consciência da dominação e da construção das coisas" que paira sobre nós: é como se não tivesse pra onde ir, eles tiram TODO o ânimo que temos em relação às coisas e falam que isso é para gerar uma mobilização no sentido de propor novas formas de organização dos espaços... o que me garante que não serão [virarão] novas formas de controle? resposta: nada! o resultado dessa mistura é tensa: tiram aquilo que nos assinala (porque isso não é a sua verdade) e salientam que não adianta procurar que você não vai achar o seu verdadeiro "eu", nem com mil anos de análise. o que nos resta então? vivermos angustiados buscando algo que não se pode alcançar? eu digo por que não se consegue encontrar um eu verdadeiro: porque não existe um verdadeiro "eu" escondido! não tem como virmos para esse mundo com alguma forma de racionalização. nossos ideais, formas de pensar, medos... tudo isso se constrói enquanto crescemos, se tirarmos as ideologias que inundam a sociedade, se destrincharmos o por quê de todas as nossas atitudes, o que nos sobra? resposta: lacunas na maneira como interagimos com as coisas, pois os intermediários que ocupavam essas lacunas se tornaram muito avessos, repudiados.

não sei o quanto eu falei de besteira e de inconsistência dessa vez...



sexta-feira, 16 de julho de 2010

música!

Eu gosto muito de música, muito mesmo! rs atualmente a música faz parte de mim o tempo todo, posso estar escutando ou cantarolando ou até pensando em certas canções. não faz muito tempo que eu gosto de música, isso começou em 2007, meu professor de história no cursinho dava palestras fora do horário normal de aula sobre temas que poderiam aparecer no vestibular [no meu ano foram: Brasil Holandês, Jogos Pan-americanos, Canudos e Ditadura Militar (ele fazia aula especial sobre ditadura todo ano)]; e esse professor juntava em um cd, que todos os alunos recebiam, músicas que se relacionavam com o tema trabalhado. essas músicas eram de mpb ou bossa nova, essencialmente. quando escutei o primeiro cd (Brasil Holandês), as canções fizeram sentido pra mim, me dava vontade de escutar mais. em geral, tinha bastante Chico Buarque e Milton Nascimento nesses cds. minha mãe possui um cd da Maria Bethânia e nele tem "Fera Ferida", em seguida fui atrás de outras canções na voz dela e vi quão grande é o seu cantar, vi que de fato ela é uma grande intérprete. pouco depois encontrei no youtube uma versão dessa música que ela canta no seu show "Maricotinha" que é incrível... a Bethânia consegue melhorar o que já é ótimo. no ano seguinte fui fazer faculdade e escutava bastante a canção "Madalena" na voz da Elis Regina, o meu primeiro semestre de faculdade foi muito difícil e desgastante mentalmente, porque em cada mês eu morei em um lugar diferente, era uma mudança atrás da outra e tenho certeza que a música foi o que me ajudou a aguentar esse período. certo dia, eu vi um vídeo da Gal Costa cantando com o Herbert Vianna "Lanterna dos Afogados" e eu me impressionei com a voz dela. certo sábado à noite assisti no youtube os vídeos do show que ela fez em 2006 e no qual interpretava as canções do cd "Hoje", foi depois disso que comecei a realmente me interessar por seu trabalho. desde desse dia ouvi diversas músicas interpretadas por ela, antigas e novas, e tive o seguinte pensamento: "nossas vozes mudam com o tempo e acho que isso também é uma adequação a como somos em determinado momento, como e o que precisamos expressar." quando eu "descobri" que a Gal cantou rock no passado e que já interpretou "Cabelo Raspadinho" do "Chiclete com Banana" eu pensei "a Gal pode cantar o que ela quiser!". no dia 11 de abril desse ano eu fui ao show "Amor, Festa e Devoção" da Bethânia em São Paulo, foi cansativo (já que não moro em "Sampa"), mas valeu muitíssimo à pena e [se fosse possível] repetiria a experiência sem problema algum. no entanto, o que me inquietava era que a Gal só fazia shows no exterior! mas esse ano ela veio com a promessa de um novo trabalho junto com Caetano e que faria uma turnê no país... e podem apostar... eu vou! hehe. atualmente eu escuto essencialmente Gal Costa (acho que ficou bem claro rs), Maria Bethânia, Milton Nascimento, Nana Caymmi e Ella Fitzgerald. não os comparo, pois eles cantam coisas diferentes, de formas diferentes. e tenho certeza de uma coisa, que seus "cantares" compõem 'aquilo' que me molda e acreditem quando eu digo que esse 'aquilo' é tão confuso e mesclado quanto eu.

como não podia deixar de ser, algumas músicas:









=o)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Para Lennon & McCartney

"Porque você não verá meu lado ocidental"




"Não precisa medo não, não precisa da timidez, todo dia é dia de viver"

=o)

domingo, 27 de junho de 2010

vacaciones

As férias chegaram (yes, we can! \o/). nunca tenho nada pra fazer no computador durante as férias, mas hoje fui procurar umas coisas pra minha mãe na internet e acabei encontrando blogs de pessoas da faculdade. eu li um que falava sobre pessoas idiotas, eu só me perguntei se o(a) autor(a) se incluiu nessa classificação, porque eu acho que quando chamamos todos de idiotas nós também o somos, já que pode acontecer de termos a mesma atitude de quem criticamos, sem contar que ser idiota ou não, é um ponto de vista (mesmo quando estamos falando de pessoas fúteis e superficiais), só não podemos nos colocar na posição de quem tudo sabe, isso é um ponto cego quase que intransponível. seguindo... li outro blog que me pareceu ser no estilo que faço aqui. no entanto, foi o primeiro blog que visitei (antes de ler aquele sobre as pessoas idiotas) que me gerou uma reação desencadeadora desse post. uma professora de português que tive no colegial disse certa vez: "a gente não escreve, a gente se inscreve", esse blog de que estou falando é realmente a inscrição de seu autor: uma articulação de conceitos e ideias (vida, arte, corpo, subjetivação, contemporâneo, etc) num nível que não consigo e nem quero [sem ofensas] acompanhar. o que me inquietou foi a forma como esse blog se constrói. eu vejo nele ideias que merecem ser compartilhadas (aliás, elas são debatidas constantemente em diversos espaços), só não gosto da repetição de discurso que acontece nessa área, acho que pouco se cria às vezes nesse âmbito de discussão, pois ficam falando entre si as mesmas coisas, mas com aparência diferente e acham que são inovadores. em vista disso tudo, me questiono mais uma vez sobre o que faço aqui [acho que consegui resumir meus questionamentos a esses 4]. "que acréscimo eu trago com o que exponho?" "por que eu escrevo?" "o que eu deveria escrever?" "será que alguém lê isso aqui sem se sentir pressionado por um laço de amizade?" não espero que alguém responda a essas perguntas, mas acho que preciso explicitar esses questionamentos aqui, mesmo que eles não digam respeito a ninguém. agora se passaram 2 minutos e eu não sei o que escrever, então resolvi fazer o que faço em situações como essa, nas quais eu me questiono se deveria estar agindo de tal forma: respirei fundo, fechei o olho e segui em frente sem olhar pra trás, pra mostrar que estou convicto do que faço e talvez [talvez] acabe acreditando nessa convicção.

*dessa vez eu fui longe! xD

=o)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

the end?

Quase no fim, hora de fazer um balanço do semestre... mas por que? levantamos os pontos positivos e negativos do que vivemos, pegamos nossas "to do lists" e vemos o mar de coisas que não realizamos (principalmente as "resoluções de ano novo", essas foram feitas para não serem cumpridas) e nos prometemos "semestre que vem será diferente". nunca é diferente, sempre deixamos muitos de nossos desejos de lado por causa da rotina (todo mundo que se implica com faculdade ou trabalho tem rotina, fato!). mais uma vez eu permeio o assunto da falta de tempo, acho que é pra ver se arranjo uma forma de modificar essa situação; não sei se sou muito preguiçoso, mas nunca achei uma saída efetiva. uma solução possível para diminuir a frustração é não fazer grandes promessas. através de pequenas mudanças que podem ser facilmente mantidas podemos conseguir um alívio na tensão que vivemos. pra semestre que vem, temos um período livre na terça à tarde, me falaram essa semana: "não vou fazer nada na minha terça à tarde, vou manter como uma janela para mim", genial! é esse tipo de atitude que talvez facilite as coisas (e que me ajudou a elaborar esse post, hehe). independente de como as coisas aconterem, quero manter minha positividade. ou em outras palavras:

"Se um dia tive problemas, não foi por falta de felicidade"

=o)

terça-feira, 8 de junho de 2010

retalhos de uma colcha... "o todo é diferente da soma das partes"

"Daqui a algum tempo, eu vou dançar de acordo com a música, vou pular, abraçar, cantar, sentir; a alegria de viver é sensacional, a oportunidade de conhecer melhor as outras pessoas é fenomenal, mais fenomenal ainda é se permitir mais, mesmo que ainda com alguns limites; sentir-se voando, sentir-se na interação com o outro, seu corpo dançando com os movimentos do corpo do outro... sentir-se livre; sentir que vale a pena se lançar pra voar!"

Karina Kawagoe, Rebeca Santos, Ariane Zeller, Mariana Ambrosini, Matheus Bastos, Akemi Furtado, Fernando Silveira

por hoje, sem mais...

=o)

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Jack Soul Brasileiro (já que sou brasileiro)

o fim do semestre está aí. não chega a ser fim do ano, mas também pede mudanças para o período que vem. de verdade, eu queria me envolver em 4 trabalhos nessa próxima etapa da minha formação, mas um deles é praticamente um devaneio meu. acredito que me envolver em todos os outros vai me trazer mais problemas que retornos positivos. estou sempre reclamando que falta o bendito "tempo de nada", mas então por que corro atrás de mais atividades? está na hora de realmente pesar minhas vontades, gostei muito da seguinte ideia: "quero ir pra praia, quero PASSAR tempo com meus amigos, mesmo que seja para fazer doces" hahaha. eu tentei aumentar o tempo ocioso nesse semestre, mas as atividades e o cansaço foram me levando na inércia, na falta de atitude... acabou aparecendo outra reclamação [saco!]. se temos um problema, temos que achar uma solução... simples? não pra mim. mudanças são tão difíceis... já que me acostumei/acomodei com o agora, gosto dele (aprendi a gostar, pelo menos); uma mudança requer novas formulações... e o medo do que vem por aí, do que eu não conheço? quero algo mais simples! quero coisas que sejam preto no branco! nas quais as consequências são explícitas. bom... enquanto isso, vamos seguindo, ouvindo música, rindo e de vez em quando escrevendo.

=o)

quinta-feira, 20 de maio de 2010

seguindo

"não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa". ultimamente me pego repetindo essa ideia na cabeça. eu gosto dessa frase, mas ela pouco ajuda de verdade, porque a gente vive "sem segurança, sem transporte, sem trabalho, sem lazer", correndo a todo instante e quando encontro um momento para descanso, sou atingido por um sentimento de culpa, mas quando isso não acontece, a realidade se encarrega de me acertar em cheio. uma inquietação (que muitos vêem como criativa) me persegue ultimamente. onde ela quer me levar eu não sei, no entanto sinto que não saí do lugar. mas hoje me disseram que a vida não deve ser um peso e quando sentimos isso o melhor é se auto-avaliar. eu vou para o lado de um repensar-se e por certa ironia me vem de novo a ideia: "não se assuste pessoa, se eu lhe disser que a vida é boa"; espero chegar num lugar/momento no qual essa frase seja para mim tão potente quanto a ideia do "eterno retorno" o é para os nietzscheanos.

=o)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

run!

às vezes tenho vontade de correr. o horário seria umas 5h da manhã, naquele momento que não tem ninguém na rua. pouquíssimas pessoas estão saindo para trabalhar e outras chegando de algum lugar e a única coisa que se escuta são seus passos e só você ouve seu coração batendo forte e a respiração ofegante e o pensamento longe suficiente pra se esquecer tudo. num súbito cansaço, uma pausa e nesse momento o ar frio começa a incomodar, mas o sol começa a rasgar o céu e vem um pensamento: "nossa já?! tenho muito o que fazer hoje." e tudo começa de novo.


=o)

terça-feira, 11 de maio de 2010

Começo?

Começar... como?
posso indicar links de blogs muito bons com piadas melhores ainda, vídeos, músicas ( o que provavelmente farei eventualmente), posso colocar alguma poesia que [muito dificilmente] criei, posso mandar uma crítica à sociedade...
tudo é possível, mas nada me vem à mente. não tenho a pretensão de filosofar, porque além de não condizer comigo; a vida, o msn, o twitter, o orkut e etc estão cheios
de filósofos baratos.

acho que consegui um começo razoável. o meio e o fim (a meu ver) são imprevisíveis.

por enquanto é só...

=o)