sábado, 14 de agosto de 2010

até o fim

palavras... há quem diga que não é possível nos expressarmos completamente, que sempre falta algo; que nos escapa o cerne da questão e o que realmente somos. e pra ajudar mais ainda vêm aqueles que hasteiam a bandeira da "completa consciência da dominação e da construção das coisas" que paira sobre nós: é como se não tivesse pra onde ir, eles tiram TODO o ânimo que temos em relação às coisas e falam que isso é para gerar uma mobilização no sentido de propor novas formas de organização dos espaços... o que me garante que não serão [virarão] novas formas de controle? resposta: nada! o resultado dessa mistura é tensa: tiram aquilo que nos assinala (porque isso não é a sua verdade) e salientam que não adianta procurar que você não vai achar o seu verdadeiro "eu", nem com mil anos de análise. o que nos resta então? vivermos angustiados buscando algo que não se pode alcançar? eu digo por que não se consegue encontrar um eu verdadeiro: porque não existe um verdadeiro "eu" escondido! não tem como virmos para esse mundo com alguma forma de racionalização. nossos ideais, formas de pensar, medos... tudo isso se constrói enquanto crescemos, se tirarmos as ideologias que inundam a sociedade, se destrincharmos o por quê de todas as nossas atitudes, o que nos sobra? resposta: lacunas na maneira como interagimos com as coisas, pois os intermediários que ocupavam essas lacunas se tornaram muito avessos, repudiados.

não sei o quanto eu falei de besteira e de inconsistência dessa vez...



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